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Whisky é bebida de homem? O crescimento do público feminino dentre apreciadores de whisky

Atualizado: 15 de set. de 2023

Já temos percorrido quase um quarto do século XXI, mas cotidianamente ainda nos surpreendemos com discursos e comportamentos de antanho. O preconceito, sob qualquer roupagem, deve ser algo combatido, na sociedade e dentro de nós mesmos. Há cada vez menos espaço para rótulos e categorizações. Dito isso, o mundo do whisky, como o mundo em geral, tem sido dominado nos últimos séculos, grosso modo, por sociedades patriarcais e masculinas, no que se refere ao exercício do poder. Mas nas últimas décadas temos notado uma diminuição desse abismo de gênero. Sem entrar no sensível campo da política, pensando em atividades mais lúdicas, como esporte e lazer em geral, percebemos – com muita satisfação – a presença crescente das mulheres, em esportes antes tidos como “masculinos”, como futebol, esportes de combate e outros, e o mesmo se passa com o whisky. Bebida por muito tempo associada com o imaginário masculino, nos últimos anos, tem-se observado uma mudança radical no mundo do whisky, com notável aumento do número de mulheres envolvidas na criação, produção, comercialização e na apreciação dessa bebida.

Bebida não é uma questão de gênero, mas de gosto. Fala-se muito em “empoderamento” feminino, mas nós por aqui preferimos pensar quem uma boa dose de whisky não “empodera” ninguém, mas traz um prazer hedônico, que homens ou mulheres que entendem a arte de degustar encontrarão.

O crescente interesse das mulheres pelo whisky é apenas um reflexo dos reflexos na mudança – para melhor – de mentalidade que temos observado, apesar da anacrônica resistência de alguns.

Arriscamos apontar alguns indicadores específicos desse crescimento, para além do movimento geral da sociedade, que já mencionamos:

1. Riqueza sensorial: quando devidamente apreciado, o whisky traz nuances sensoriais, de olfato e paladar muito sofisticadas. As mulheres têm percepção sensorial muito aguçada, o que as torna apreciadoras naturais de bebidas complexas, como é o caso do whisky.

2. Mudança de paradigmas: a crescente presença de mulheres na indústria do whisky, desde mestres destiladoras até sommelières, indica a quebra de barreiras de dentro para fora, incentivando outras mulheres a adentrarem a esse universo apaixonante.

3. O íntimo e o social: o whisky é uma bebida que tanto pode ser apreciada socialmente, favorecendo a alegria e a amizade no compartilhar experiências e impressões, o no nos dias atuais pode ser feito à distância, em grupos de whatsapp, degustações online e outras tecnologias que encurtam distâncias, quanto pode ser apreciado na mais absoluta intimidade, quando o silêncio (ou o mais próximo dele que logramos conseguir nas grandes cidades) se faz presente, quando a noite apaga as arestas e as cores das coisas, quando conseguimos parar os pensamentos e “conversar” com a dose em nossa taça, até que a entendamos, ou que ela nos entenda, ou que entendamos a nós mesmos... Enfim, vocês entenderam.


O ponto é que o whisky, e o prazer de degustá-lo, transcende as barreiras de gênero, qualquer pessoa disposta a adquirir conhecimento e experiência terá muita satisfação em conhecer ou se aprofundar neste rico universo da “água da vida”.


Saudações etílicas amigas e amigos!



 
 

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